Pode parecer exagero, mas uma pesquisa feita por Omar Saad, um analista da instituição financeira Credit Suisse, afirma que as grandes empresas vão fazer cortes significativos nos patrocínios a estrelas do esporte depois do episódio de infidelidade conjugal de Tiger Woods. Entitulado “O último prego no caixão na era dos patrocínios milionários”, o estudo defende que Nike e Adidas, por exemplo, devem rever todos os contratos existentes e mudar a estratégia nesses casos daqui pra frente.
Para Saad, essas duas empresas são as que determinam os valores dos contratos dos atros do esporte, por isso devem baixar consideravelmente os investimentos em ações desse tipo e, com isso, criar um efeito em escala no mercado. “Elas vão perceber que estão pagando muito mais do que deveriam para os atletas e equipes, principalmente pelos riscos que o patrocínio pode trazer. Os contratos milionários, dignos de celebridades, inflacionaram muito e agora o caso Tiger Woods pode ser um ponto decisivo para que as empresas percebam que esses esportistas não valem tanto dinheiro, pois envolvem muito risco.”
Você já leu em outro post que a maioria dos patrocinadores de Woods declararam apoio ao atleta até o momento, inclusive a Nike, que, de acordo com analistas, vai perder mais de US$ 30 milhões em vendas. A única a romper contrato até agora foi a Accenture. Estima-se que esse caso possa trazer um prejuízo de até US$ 200 milhões para o mundo do golfe num curto prazo. Sem Woods, a presença de público nos principais torneios pode cair em 20% e a audiência televisiva em até 50%, segundo a Bloomberg. Além disso, os valores dos contratos comerciais também devem registrar queda de 40%.