Com o aumento do número de competições esportivas no Brasil e a proximidade de grandes eventos no país, como a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, a procura por esportes também aumentou consideravelmente.
Apenas na cidade de São Paulo, há competições de corrida de rua quase todos os finais de semana. Muitas vezes, os eventos acontecem simultaneamente, cerca de duas a três provas de corrida no mesmo dia, reunindo de 10 a 20 mil praticantes. Isso sem contar as caminhadas, as pedaladas, entre outros.
Em cursos, palestras e no meu dia a dia de clínica, me deparo com vários atletas que ainda praticam esporte sem qualquer tipo de orientação, ou seja, um prato cheio para que o esporte se torne um vilão. Isso porque muitas pessoas treinam por conta própria e acreditam que, ao seguir a planilha de treinamento do amigo ou de revistas, vão conseguir o resultado desejado.
Mas muitos se esquecem que esse treino da revista é genérico. Além disso, no caso de quem segue as orientações do amigo, também pode se prejudicar uma vez que esse treinamento deve ser individualizado.
Sem a orientação correta, as lesões podem aparecer, o rendimento no treino e em competições será mais difícil de ser alcançado, muitas vezes, em vez de ganhar, a pessoa poderá perder condicionamento físico e há também o risco de obter estresse físico e mental.
Os treinos genéricos não têm as chamadas periodizações, ou seja, macrociclo (ano de treinamento), microciclo (semana de treinamento) e mesociclo (período de competição e regenerativo). Tudo isso é feito com base nas características do atleta, de acordo com o VO2 individual (capacidade individual de absorção de oxigênio) e principalmente em cima da meta e dos objetivos de cada um.
Por isso, é indispensável ter a orientação de um profissional de Educação Física antes de começar qualquer atividade. Hoje, além de assessorias esportivas focadas em corrida, triatlo e ciclismo, existem também grupos gratuitos para orientação de caminhadas e outros com preços que cabem em qualquer bolso.
Mas, na hora de escolher como e com quem treinar, independentemente do valor da mensalidade, o mais importante é ficar atento aos profissionais qualificados e que tenham uma história de treinamento e de competições. Esses professores que já tiveram a experiência das competições estão mais aptos. Fica a dica e vamos treinar!