Ft. Priscilla Cardoso

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O uso do ultra-som na epicondilite lateral (Tennis elbow – Cotovelo de tenista)

O que é Tennis elbow?

É uma inflamação nos tendões dos músculos responsáveis pelos movimentos de extensão de punho e dedos. Estes músculos se inserem no úmero ( osso do braço ) bem na região do epicôndilo lateral ( local comum de dor em praticante de tenis ).

Os síntomas desta patologia são: dor ao toque na região, dor à extensão do punho forçada, dor à pronação do braço e em casos crônicos a dor fica mais frequente em outros movimentos so braço.

O tratamento consiste em repouso, anti-inflamatórios ( prescrição médica ), fisioterapia: gelo, alongamentos, correntes analgésicas e ultra-som.

Abaixo os efeitos do Ultra-som no tratamento desta patologia.
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As lesões músculo-esqueléticas ocorrem com freqüência em esportes profissionais e recreacionais, decorrentes de traumas diretos ou indiretos, gerando uma resposta inflamatória local.

A lesão muscular envolve uma série de processos no tecido. O processo cicatricial é descrito em três fases: na primeira, ocorre inflamação; após alguns dias inicia-se a fase de proliferação; a terceira e última fase é a de maturação ou remodelagem, que pode continuar por meses ou até anos após a ocorrência da fase de proliferação e reparo.

Devido aos seus benefícios nas fases inflamatórias e de cicatrização tecidual, citados por alguns autores, o ultra-som terapêutico é uma das modalidades mais usadas no tratamento de lesões músculo-esqueléticas decorrentes de atividades desportivas, dentre as quais podemos citar a epicondilite lateral ou cotovelo de tenista que é uma patologia tendínea e muscular, localizada na origem dos tendões da musculatura extensora do antebraço, geralmente causada por sobrecarga excessiva. Pacientes que desenvolvem o cotovelo de tenista, de modo geral, batem seus golpes de backhand com o “cotovelo a frente” sem completar o movimento até o final da batida. Sabe-se que isso provoca estresse excessivo no epicôndilo lateral e uma atividade anormal da musculatura do antebraço.

Alguns estudos sugerem a eficácia do ultra-som terapêutico no tratamento da epicondilite lateral por reduzir a inflamação induzindo a liberação de histamina, o que causa vasodilatação local e aumenta a permeabilidade vascular. O efeito pode ainda ser potencializado se associado a um antiinflamatório prescrito por um médico.

É recomendado que o fisioterapeuta anote ou registre os parâmetros específicos usados durante o tratamento com o ultra-som para que este possa ser reproduzido ou alterado e assim tenha maior progresso em seu atendimento ao paciente. Os parâmetros que devem ser registrados incluem a freqüência (ex: 1MHZ); a intensidade (ex: 1,0W/ cm2), se a transmissão é pulsada ou contínua (ex: pulsado); o ciclo do trabalho se for pulsado (ex: pulsado a 20%), a superfície da área a ser tratada (ex: 5cm), a duração do tratamento (ex: 5 min) e o número de sessões por semana (ex: 4 vezes por semana).

Ao registrar esses parâmetros em todas as sessões o fisioterapeuta poderá adequá-lo de acordo com a fase da patologia e a necessidade de cada paciente.

BIBLIOGRAFIA:

FERRARI, R.J., et.al. Processo de regeneração na lesão muscular: Uma revisão. Fisioterapia em movimento, Curitiba, v.18, nº2, pg 63-71, abr/jun, 2005.

SILVA, R.T. Epicondilite lateral em atletas (Tennis Elbow). Em: http://www.neo.org.br/medicos/pdf/Artigo-TennisElbow-RTS-site-SBME.pdf. Consulta em: 30/06/2010.

FREITAS, L.S. O ultra-som no tratamento de lesão muscular. Revista de pesquisa e extensão em Saúde, 2008 – periódicos.unesc.net.

PRENTICE, W.E. Modalidades terapêuticas em medicina esportiva. Quarta Edição; Editora Manole, 2002.