Por David Homsi
Os principais sintomas são as dores na região do púbis, dor durante a prática de abdominais, dor ao se levantar, ao tossir e espirrar e aumento da dor durante o apoio unipodal (com um dos pés apenas ). Também em exercícios de alta intensidade, como a corrida, dor na musculatura adutora (lado de dentro da perna) e dores na região lombar.
Uma vez diagnosticada a pubalgia, torna-se necessário o tratamento imediato, pois caso ela se torne crônica, o tratamento fica um tanto quanto complicado e uma cirurgia não é descartada. A pubalgia crônica tem como principais causas o encurtamento dos músculos posteriores da coxa, a sobrecarga da musculatura adutora da coxa e a fraqueza dos abdominais.
O diagnóstico é feito por meio de uma análise sintomática associada a uma minuciosa avaliação biomecânica de fatores intrínsecos, relacionados com o próprio atleta e de fatores extrínsecos, relacionados diretamente com a prática desportiva.
O tratamento da pubalgia é conservador. Pede se ao atleta que pare seus treinos por completo, medicamentos como anti-inflamatórios são necessários (prescritos por médicos) e a fisioterapia torna se uma aliada diariamente com alongamentos da musculatura adutora, abdominal e paravertebrais. É necessário um equilíbrio muscular entre estas estruturas, crioterapia e também a eletroterapia e bandagens funcionais (therapy taping).
A pubalgia é uma dor na região do quadril (pelve), que se irradia para o osso da bacia, para a musculatura do abdome e para a musculatura interna das coxas (musculatura adutora). Saiba mais sobre essa lesão que aparece em muitos corredores e atletas profissionais.
Causas: sobrecarga de treinamento, excesso de impacto na região, desequilíbrio muscular e biomecânica incorreta do esporte
Sintomas: A pubalgia muitas vezes é confundida com dores musculares, o que torna seu tratamento mais demorado. É de extrema importância um diagnóstico preciso ainda em fases iniciais, uma vez que diagnosticada precocemente, seu tratamento será mais efetivo.
Estágio crônico – O estágio crônico requer um tratamento conservador com fisioterapia e repouso (sem a prática esportiva) e, caso não haja o resultado desejado, uma intervenção cirúrgica pode ser necessária.
No estágio mais avançado, a dor pode ser sentida nas costas (lombalgia) e na bacia, o que torna difícil as atividades mais simples da vida diária. Outros sintomas são dor ao tossir e espirrar, dificuldade na contração do abdominal e diminuição da amplitude de movimento do quadril.
Tratamento: repouso completo, antiinflamatórios (recomendados por um médico) e fisioterapia. Em caso de atletas de alto nível, o condicionamento físico pode ser mantido com hidroginástica, deep-running, bike subaquática, mas não se devem praticar atividades de alto impacto.
O que é o Pubis?
Púbis é um osso do quadril (pelve) que fica sob a região genital. O púbis faz parte dos três ossos que formam a pelve, onde se inserem os músculos adutores e parte dos abdominais. Essa região é particularmente susceptível a forças de cisalhamento durante determinadas atividades atléticas.
Com traumas repetitivos (ou trauma agudo em alguns casos), além de mudanças bruscas de direção, impactos, falta de alongamento e desequilíbrios musculares pode haver um processo inflamatório envolvendo o osso, a cartilagem e os ligamentos da região. Além disso, os músculos que ali agem, principalmente os adutores e uma parte dos abdominais, também podem ser afetados. Confira nas figuras ao lado.
Cuidado! Sempre consulte um médico, pois uma simples dor muscular pode ser sintoma de pubalgia!
Geralmente, percebe-se uma melhora em questão de semanas, mas há casos que se alongam por meses, havendo até a necessidade de cirurgia. Como a região do púbis está ligada à coluna vertebral, o tratamento errado da pubalgia pode acarretar em lesões na região lombar e aumento das dores.