3 – Aumente distância/intensidade aos pouco

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Parece lição de casa do primário, mas muita gente acaba queimando etapas, na ânsia de testar seus limites. “Esse é o motivo mais comun de lesão, principalmente as ósseas e as de tendão: sobrecarga”, garante Silva. “Como regra básica, nunca ultrapasse 30 a 40km semanais no primeiro ano, mesmo se vier de outra modalidade, pois o mecanismo da corrida é diferente. Daí para frente, o treinador é quem define, não há magica”, explica o ortopedista. “A grande maioria das lesões acontecem por falta de acompanhamento aos treinamentos, ou seja, os atletas que optam por não seguir uma planilha ou que, por conta própria, aumentam seu treino a cada dia. Com isso nosso corpo não absorve de maneira positiva os treinamentos, causando uma má adaptação. Já quando o atleta aumenta as distâncias e/as intensidades de treinos, nosso corpo vai se ‘acostumando’ com os treinos, fazendo com que haja uma boa adaptação e, com isso, melhora sua frequência cardíaca, condicionamento físico, diminuindo as probabilidades de algum tipo de lesão”, explica Homsi.

David Homsi salienta que este é um dos principais fatores que desencadeiam lesões. “O tipo de lesão dependerá das características do alinhamento postural do atleta. As mais comuns são: fascite plantar, periostite, síndrome da banda iliotbial e síndrome do piriforme.”

Para fugir do fantasma do overtraining, o melhor é contratar e confiar em seu treinador. “Há uma regra de aumentar 5% do volume semanalmente, mas não há nada científico por trás disso. Há diversas teorias que propõem critérios para aumento de volume e intensidade para os atletas. Em se tratando de corredores amadores, o ideal é que o atleta sempre treine abaixo do seu potencial. Em outras palavras, na dúvida, sempre é melhor ser conservador e aumentar intensidade/volume somente se realmente o treinamento estiver muito fácil para o corredor”, diz David Homsi – Fisioterapeuta.